INSS: Alckmin promete ressarcir vítimas e Caixa abre atendimento presencial para aposentados afetados por fraude

INSS: Alckmin promete ressarcir vítimas e Caixa abre atendimento presencial para aposentados afetados por fraude

Golpe no INSS: governo corre para reparar prejuízos e INSS promete reembolso

Imagina olhar seu extrato bancário e ver que parte do seu benefício sumiu, sem explicação. Foi essa surpresa amarga que milhares de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) encontraram nos últimos meses. Descontos indevidos minaram a confiança de gente que depende desse dinheiro para viver, e não faltou revolta com a descoberta do esquema que desviou milhões dos beneficiários.

A confusão veio à tona quando Geraldo Alckmin, atual vice-presidente e, no momento, presidente interino, se manifestou publicamente sobre as fraudes. Segundo ele, os descontos começaram em governos anteriores, mas a promessa é firme: "A fraude não começou agora, mas vai acabar agora", cravou. Não tem meia-volta. Os descontos já estão suspensos e o governo quer garantir que toda vítima do golpe tenha seu dinheiro de volta.

O INSS assumiu o compromisso de ressarcir R$292 milhões a quem teve desconto irregular só em abril. A devolução vai começar entre maio e junho, pelo mesmo canal por onde o benefício original é pago: você não precisa acionar advogado nem fazer trâmite complicado. Para tentar resolver o sufoco ainda mais rápido, a Caixa Econômica Federal vai abrir atendimento presencial exclusivo para quem foi atingido pela fraude. O objetivo é agilizar esclarecimentos, acelerar devoluções e amparar quem está mais vulnerável.

Bloqueio de R,5 bilhões, investigação e CPI na mira

Bloqueio de R,5 bilhões, investigação e CPI na mira

Enquanto os aposentados correm atrás do dinheiro perdido, o governo aperta o cerco aos responsáveis pelo esquema. Não foi pouco: a Procuradoria-Geral da União (AGU) conseguiu na Justiça o bloqueio de R$2,5 bilhões em bens de empresas e associações envolvidas no esquema. O golpe só ganhou essa dimensão porque um grupo de entidades estava autorizado – de maneira suspeita – a fazer descontos diretos nos benefícios, com suposta oferta de serviços ou seguros nunca contratados pelos segurados.

Esse rombo não ficou só nos bastidores. Uma operação conjunta entre a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal conseguiu desbaratar parte da quadrilha, mostrando como o problema é antigo, mas ganhou novos contornos agora. Para não deixar o caso cair no esquecimento, parlamentares da oposição protocolaram o pedido de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O requerimento já soma 259 assinaturas de deputados de vários partidos e agora depende do aval do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para sair do papel.

O episódio expôs fragilidades no controle sobre descontos em benefícios previdenciários, mostrando que brechas antigas continuam abertas para práticas abusivas e golpes. Quem depende do benefício agora quer resposta rápida – não só para reaver o que foi perdido, mas para garantir que não volte a acontecer. O governo promete rigor e transparência, mas a pressão popular e política aumentou. Para muitos aposentados, esse calote significou noites sem sono e contas atrasadas. Agora, a corrida é para virar essa página, recuperar o dinheiro e mostrar, de fato, quem está do lado dos aposentados.

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