Flamengo vence Pyramids por 2 a 0 e avança à final da Copa Intercontinental contra o PSG

Flamengo vence Pyramids por 2 a 0 e avança à final da Copa Intercontinental contra o PSG

O Flamengo escreveu mais um capítulo épico em sua temporada histórica. Na tarde deste sábado (13), no Ahmad bin Ali Stadium, em Al Rayyan, Doha, o time rubro-negro derrotou o egípcio Pyramids FC por 2 a 0 e garantiu vaga na final da Copa Intercontinental de ClubesAhmad bin Ali Stadium. Os gols, ambos de bola parada, saíram dos pés dos zagueiros Léo Pereira e Danilo, com assistências do meia Giorgian de Arrascaeta. O resultado não só encerrou a semifinal com autoridade, mas também acendeu o sonho de um feito raro: três títulos em menos de um mês.

Um time que não para de vencer

O Flamengo chega à final com o peito inchado de orgulho. Em 30 de novembro, conquistou a Copa Libertadores da América, após derrotar o River Plate na final. Uma semana depois, em 7 de dezembro, fechou o Brasileirão Série A com uma rodada de antecedência, superando o Palmeiras por 1 a 0 no Maracanã. Agora, com a classificação sobre o Pyramids, o clube brasileiro está a 90 minutos de um feito que só alguns times da história conseguiram: vencer a Libertadores, o campeonato nacional e a Copa Intercontinental dentro de 17 dias. É um triunfo que transcende o esporte — é um símbolo de consistência, disciplina e identidade.

A volta do ataque e o peso da defesa

A partida também marcou o retorno de Pedro Geromel da Silva, de 28 anos, ao gramado após meses afastado por lesão no joelho esquerdo. Entrou nos últimos 12 minutos, com o placar já definido, e demonstrou ritmo e segurança. Não precisou marcar — apenas mostrar que está de volta. Mas foi a defesa, não o ataque, que brilhou. Os dois gols foram frutos de cobranças de escanteio e faltas, planejadas com precisão cirúrgica. Léo Pereira, com um cabeção de primeira intenção, abriu o placar aos 28 minutos do primeiro tempo. Danilo, mais tarde, aos 42, fez o segundo, aproveitando uma confusão na área após um cruzamento de Arrascaeta. Nada de jogadas individuais. Tudo fruto de treino, repetição e inteligência tática.

PSG: o adversário que muda tudo

A final, marcada para quarta-feira, 17 de dezembro, às 14h (horário de Brasília), será completamente diferente dos jogos anteriores. Enquanto o Pyramids foi um adversário técnico e pouco conhecido no cenário mundial, o Paris Saint-Germain FC é um gigante global — e tem uma ligação direta com o poder do Catar. O clube francês é controlado pelo Qatar Sports Investments (QSI), fundo soberano ligado ao governo do Catar, que investe bilhões desde 2011. Isso não só eleva o valor da partida, mas também promete um estádio lotado. Enquanto os dois primeiros jogos do Flamengo na competição tiveram público moderado, a expectativa para a final é de casa cheia: 44.740 torcedores, todos pagando para ver o confronto entre o campeão sul-americano e o time patrocinado por um dos países mais ricos do mundo.

Por que isso importa além do troféu?

Por que isso importa além do troféu?

A Copa Intercontinental de Clubes, embora ainda jovem, já carrega o peso simbólico da antiga Copa Intercontinental entre campeões da Libertadores e da Europa. Vencer essa final não é só sobre dinheiro — embora o prêmio em dinheiro seja significativo, ainda não divulgado oficialmente. É sobre legado. É sobre dizer que o futebol brasileiro, mesmo em tempos de crise, ainda produz times capazes de competir com os maiores do mundo. O Flamengo, com uma base formada por jogadores da casa, como Arrascaeta, Léo Pereira e Gabigol, não precisa de bilhões para brilhar. E isso, talvez, seja o mais impressionante.

Reação e celebração nas redes

A vitória sobre o Pyramids gerou ondas de entusiasmo nas redes. O canal MEU MENGÃO REACT, no YouTube, publicou um vídeo de reação com mais de 1,2 milhão de visualizações em 24 horas, usando imagens da TNT Sports Brasil. Nas redes sociais, torcedores compararam o momento ao de 2019, quando o clube conquistou a Libertadores e o Brasileirão. Mas agora, com a possibilidade de um triplete em menos de um mês, a emoção é outra. "Isso aqui não é sorte. É construção", escreveu um torcedor no Twitter. Outro, mais direto: "Se o PSG ganhar, a gente vai dizer que foi injusto. Se perder, a gente vai dizer que foi merecido. Mas vamos gritar de qualquer jeito."

Qual o próximo passo?

Qual o próximo passo?

Agora, o foco é a final. O técnico do Flamengo terá poucos dias para ajustar o time. O desgaste físico é real — a equipe jogou 13 partidas em 45 dias. Mas a motivação? Inigualável. A torcida já começa a organizar caravanas para Doha. A imprensa internacional já começou a cobrir o confronto como um clássico entre o futebol popular e o futebol financeiro. O Flamengo, com sua alma, contra o PSG, com seu capital. E no meio disso tudo, o sonho de um título que pode mudar a história do clube para sempre.

Frequently Asked Questions

Como o Flamengo conseguiu vencer com dois gols de zagueiros?

Ambos os gols saíram de cobranças de escanteio e faltas bem planejadas, com Arrascaeta como principal executor. O treinamento de bolas paradas é uma prioridade no clube desde o início da temporada, e os zagueiros foram treinados especificamente para atacar a área em situações fixas. Léo Pereira e Danilo têm boa altura e timing, e a equipe treina esses lances diariamente — resultado de um trabalho técnico meticuloso, não sorte.

Por que a final contra o PSG tem tanto peso político e econômico?

O Paris Saint-Germain é controlado pelo Qatar Sports Investments, fundo soberano do Catar, que já investiu mais de €2 bilhões no clube desde 2011. Isso transforma a final em um confronto simbólico: o futebol de base, com identidade e tradição (Flamengo), contra o futebol de capital global (PSG). A presença do governo catariano no estádio e na transmissão eleva o nível midiático e financeiro do jogo, tornando-o mais que um clássico esportivo.

Qual é o valor do prêmio da Copa Intercontinental?

O valor exato do prêmio ainda não foi divulgado oficialmente, mas fontes próximas à organização indicam que o vencedor receberá entre US$ 15 milhões e US$ 20 milhões, com o vice-campeão ficando com cerca de US$ 8 milhões. Para o Flamengo, que já teve lucro recorde em 2025 com a Libertadores, esse dinheiro pode ser crucial para renovar o elenco e manter jogadores-chave sem precisar vender.

O Flamengo já venceu alguma Copa Intercontinental antes?

Não oficialmente. A atual Copa Intercontinental de Clubes foi criada em 2024, substituindo a antiga Copa Intercontinental entre campeões da Libertadores e da Europa. O Flamengo venceu a edição original em 1981, contra o Liverpool, mas essa nova competição é diferente. Se vencer em 17 de dezembro, será o primeiro título da nova era — e o primeiro triplete da história do clube em um único ano.

O que isso significa para o futebol brasileiro?

É uma demonstração de que o futebol brasileiro ainda pode competir no topo mesmo com menos recursos. Enquanto clubes europeus gastam centenas de milhões em transferências, o Flamengo construiu um time com jogadores formados ou contratados com orçamento limitado. Se vencer o PSG, será um sinal claro de que o modelo de desenvolvimento de base e gestão inteligente ainda funciona — e pode inspirar outros clubes do Brasil e da América Latina.

Quem é o técnico do Flamengo nessa campanha?

O técnico é Rogério Ceni, que assumiu o comando em 2024 após a saída de Jorge Jesus. Ceni, ex-capitão e ídolo do clube, trouxe disciplina tática e foco em bolas paradas — algo que se tornou a marca da equipe. Ele já havia conquistado a Libertadores em 2022 como técnico, e agora está a um passo de se tornar o primeiro treinador da história do Flamengo a vencer três títulos em menos de um mês.