Coreia do Norte: o que você precisa saber agora

Quando alguém fala de Coreia do Norte, logo aparece a imagem de um regime fechado, desfiles militares e um líder carismático. Mas a realidade vai além desses estereótipos. Neste texto a gente traz os principais temas que estão em pauta: política, economia, sociedade e as últimas notícias que mexem com o país.

Política e liderança

Kim Jong‑un está no comando desde 2011, depois da morte de seu pai, Kim Jong‑il. O regime se apoia em um partido único, o Partido dos Trabalhadores da Coreia, que controla todas as decisões. As decisões são tomadas de forma centralizada e, geralmente, não há espaço para oposições. Por isso, os movimentos internos são difíceis de acompanhar, mas quando aparecem, costumam ser anunciados em canais oficiais como a Korean Central News Agency.

Nos últimos anos, o governo tem buscado melhorar a imagem internacional. Em 2023, por exemplo, houve uma pequena abertura para alguns acordos comerciais com a China e a Rússia, e o país participou de algumas conferências multilaterais, ainda que de forma simbólica. Essas iniciativas, porém, são limitadas por sanções que ainda persistem, principalmente por causa do programa nuclear.

Economia: crise e pequenas esperanças

A economia norte‑coreana enfrenta sérios desafios. A maioria da produção ainda depende da agricultura coletiva e de fábricas estatais que operam abaixo da capacidade. As sanções internacionais dificultam a importação de tecnologia e de bens de consumo. Ainda assim, há sinais de que o mercado informal, conhecido como “jangmadang”, vem crescendo nas cidades, oferecendo produtos básicos que não chegam oficialmente.

Um ponto que ganhou atenção foi o aumento de projetos de energia renovável, como pequenas usinas hidrelétricas. Embora ainda represente uma fração mínima da matriz energética, isso mostra que o governo tenta diversificar fontes e reduzir a dependência de combustíveis importados.

O turismo também tem sido incentivado em algumas áreas, como a zona desmilitarizada (DMZ) e os resorts de ski. Porém, o número de visitantes estrangeiros permanece pequeno por causa das restrições de entrada e das exigências de vistos.

Na prática, a vida cotidiana dos norte‑coreanos ainda gira em torno de racionamentos, controle de mídia e campanhas de mobilização. Muitos moradores falam sobre a importância da família e da comunidade, mas também enfrentam longas filas para obter alimentos básicos e medicamentos.

O que está acontecendo agora?

Nos últimos meses, a Coreia do Norte tem anunciado testes de mísseis balísticos, gerando preocupação na comunidade internacional. Ao mesmo tempo, o país está negociando com a Coreia do Sul sobre a aproximação de áreas fronteiriças para facilitar o intercâmbio de informações sobre desastres naturais.

Além disso, surgiram relatos de que o governo está reforçando a produção de alimentos em regiões agrícolas, usando técnicas mais modernas para tentar melhorar a segurança alimentar. Não há dados oficiais, mas organizações humanitárias apontam que a situação pode estar se estabilizando um pouco.

Se você acompanha notícias de política internacional, vai perceber que a Coreia do Norte costuma aparecer em momentos de tensão, mas também em tentativas de diálogo. Ficar atento às fontes confiáveis ajuda a entender o que realmente está acontecendo dentro das fronteiras.

Em resumo, a Coreia do Norte continua sendo um país de contrastes: um regime rígido que, ao mesmo tempo, tenta encontrar brechas para melhorar sua economia e sua imagem. Saber disso ajuda a separar mito de realidade e a acompanhar os fatos com mais clareza.

Zelenskyy Alerta para Envio de Tropas da Coreia do Norte à Ucrânia em Apoio à Rússia
Zelenskyy Alerta para Envio de Tropas da Coreia do Norte à Ucrânia em Apoio à Rússia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, afirmou que a Coreia do Norte está enviando tropas e armamentos à Ucrânia para apoiar as forças russas. Essa alegação adiciona uma nova dimensão internacional ao conflito em curso entre Ucrânia e Rússia, podendo simbolizar uma escalada significativa. Se confirmada, essa participação norte-coreana preocupa pelas possíveis implicações globais, reforçando a necessidade de atenção e esforços diplomáticos contínuos.

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