A Oracle planeja construir um data center em escala de gigawatt impulsionado por reatores nucleares modulares. Essa iniciativa é parte da estratégia de expansão da empresa para atender à crescente demanda por data centers intensivos em energia para IA. O fundador e CTO, Larry Ellison, anunciou que a empresa garantiu licenças para a construção dos SMRs.
Reatores Nucleares Modulares e a revolução da energia no Brasil
Se você acha que a energia nuclear ainda é um bicho de sete cabeças, vai mudar de ideia ao conhecer os reatores nucleares modulares (RNMs). Eles são menores, mais flexíveis e podem ser instalados em locais que antes eram inviáveis para usinas tradicionais. O melhor? Eles prometem gerar eletricidade limpa e barata, algo que o Brasil precisa para fechar a conta com a crise climática.
Como funcionam os reatores modulares
Um RNM é basicamente um “bloco” de energia pronto para ser transportado e montado como peças de LEGO. Cada módulo contém o reator, o sistema de resfriamento e a geração elétrica, tudo dentro de um contêiner robusto. Quando se chega ao local, basta conectar a rede e pronto: a planta começa a produzir energia em poucos meses, ao contrário dos anos que levam as usinas convencionais.
A tecnologia baseia‑se em reatores de alta temperatura ou de água pressurizada, mas em escala reduzida. Eles usam combustível nuclear em forma de pastilhas ou barras, e o calor gerado transforma água em vapor para mover turbinas. Como são menores, a quantidade de material radioativo é limitada, o que reduz riscos de acidentes.
Vantagens e desafios no Brasil
Entre as vantagens mais citadas estão a rapidez de construção, o baixo custo de operação e a possibilidade de usar água do mar ou de rios sem impactar o meio ambiente. Além disso, os RNMs podem ser ligados a fontes renováveis, como solar ou eólica, equilibrando a produção nos períodos de baixa geração desses recursos.
Mas nada vem sem desafios. Primeiro, ainda falta um marco regulatório específico para esses reatores; a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) precisam adaptar normas. Segundo, o público ainda tem medo da radiação, então campanhas de conscientização são essenciais.
Empresas como a NuScale (EUA) e a Rolls‑Royce (UK) já estão testando projetos no mundo, e o Brasil tem oportunidades de participar, seja fabricando componentes ou oferecendo sítios estratégicos nas regiões Norte e Nordeste, onde a demanda por energia cresce rápido.
Para quem está pensando em investir, a boa notícia é que os custos de capital dos RNMs são menores que os de usinas grandes. Isso abre espaço para parcerias público‑privadas e até financiamento internacional, que já tem linhas de crédito para energia limpa.
No fim das contas, os reatores nucleares modulares podem ser a ponte que faltava entre a necessidade de mais energia e a preservação do meio ambiente. Se o Brasil apostar agora, pode liderar a próxima geração de energia nuclear, gerando milhares de empregos e reduzindo a dependência de fontes fósseis.
Ficou curioso? Acompanhe as discussões na ANEEL, participe de eventos de energia e veja como esses pequenos gigantes podem mudar o jeito que o país produz eletricidade.