Trump anuncia fim da guerra após Hamas libertar últimos reféns

Trump anuncia fim da guerra após Hamas libertar últimos reféns

Quando Donald Trump, presidente dos EUA declarou que o "céu está calmo" e que a "Terra Sagrada finalmente vive em paz", milhares de israelenses nasciam em lágrimas de alívio na chamada "Praça dos Reféns" em Tel Aviv. Na mesma manhã, Hamas entregou os últimos 20 reféns israelenses, concluindo um resgate que durou quase dois anos de conflito.

Libertação dos últimos reféns israelenses

Os 20 prisioneiros – entre eles três adolescentes, duas mulheres civis e cinco militares – foram transferidos de Gaza por veículos blindados da Comitê Internacional da Cruz Vermelha e recebidos pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) às 09h30 (horário local) do dia 13 de outubro de 2025. O reencontro foi marcado por abraços apertados, gritos de "Finalmente!" e até alguns sorrisos nervosos.

Ao mesmo tempo, ônibus repletos de quase 2.000 prisioneiros palestinos, libertados das cadeias de segurança israelenses, atravessavam a fronteira rumo a Gaza, cumprindo a parte “troca de prisioneiros” do acordo. O número exato ainda será confirmado pelas autoridades de Jerusalém, mas a imprensa local já registra "milhares de vidas reintegradas".

O acordo de cessar‑fogo firmado em Sharm el‑Sheikh

O clima de euforia teve origem na Cúpula de Paz de GazaSharm el‑Sheikh, onde Abdel Fattah el‑Sisi, presidente do Egito, Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia e Tamim bin Hamad Al Thani, emir do Catar assinaram, ao lado do americano, um plano de cessar-fogo de 42 dias, dividido em três fases idênticas.

A primeira fase exigia que o Hamas libertasse 33 prisioneiros israelenses – crianças menores de 19 anos, mulheres civis, idosos acima de 50 e militares do sexo feminino – em troca de 30 prisioneiros palestinos para cada israelense liberado. Caso a contagem ficasse aquém, o acordo previa a devolução dos corpos dos soldados mortos.

O documento, elaborado inicialmente em 15 de janeiro de 2025 e finalizado em 13 de janeiro de 2025, precisava ainda da aprovação do gabinete israelense, que chegou a concedê‑la na tarde de 12 de outubro, antes da assinatura oficial.

Reações dos líderes mundiais

Reações dos líderes mundiais

Ao subir ao pódio do Knesset, Benjamin Netanyahu, primeiro‑ministro de Israel, manteve a postura de que "a paz duradoura só será possível quando o Hamas perder todas as suas capacidades militares". Em entrevista ao Canal 13, ele admitiu que a entrega dos reféns foi "um alívio humanitário, mas não encerra a luta contra o terrorismo".

Hossam Badran, representante do Hamas, havia declarado ao AFP, em 11 de outubro, que "desarmar o Hamas está fora de questão e não é negociável". Contudo, fontes próximas ao grupo afirmam que há discussões sobre "desativar" certas armas em um comitê binacional egípcio‑palestino.

Nas palavras de Trump, durante o discurso ao parlamento israelense, "este é o amanhecer histórico de um novo Oriente Médio". O presidente ainda prometeu que "as sirenes silenciam, as armas calam e a reconstrução de Gaza começa agora".

Desafios pendentes e perspectivas de desarmamento

O grande obstáculo permanece: como garantir que o Hamas não retome as atividades militares após a fase de troca de prisioneiros? Especialistas da ONU alertam que o monitoramento de grupos armados exige presença internacional constante, algo que ainda não foi acordado.

Segundo o relatório da Agência Brasil, "as diferenças fundamentais sobre a questão dos territórios ocupados e a legitimidade de um Estado palestino ainda não foram resolvidas". Além disso, a reconstrução de Gaza, estimada em US$ 9,2 bilhões, depende de financiamento que ainda sofre bloqueios políticos.

Enquanto isso, o movimento de evacuação de civis israelenses das áreas de Khan Younis e da Cidade de Gaza continua, mas em ritmo mais lento, já que as forças israelenses mantêm posições defensivas dentro do território palestino, conforme relatado pelo jornal Haaretz.

Próximos passos e reconstrução de Gaza

Próximos passos e reconstrução de Gaza

O próximo encontro de líders está marcado para 27 de novembro de 2025, na capital saudita, Riad, onde se esperam discussões sobre o desarmamento efetivo e o estabelecimento de um regime de segurança conjunto. Já o Comitê de Ajuda Humanitária das Nações Unidas planeja iniciar, ainda esta semana, a distribuição de suprimentos de água e energia em quatro áreas críticas de Gaza.

Para os moradores de Tel Aviv, a sensação é de que, por fim, a ansiedade que dominou as ruas nos últimos 730 dias pode dar lugar a uma esperança cautelosa. "Hoje, ao ver as crianças voltarem para casa, sinto que o futuro pode ser diferente", comentou uma mãe que aguardava na Praça dos Reféns.

Resta, porém, observar como os governos norte‑americanos e europeus vão pressurizar as partes para que os compromissos sejam cumpridos, e se o "silêncio dos céus" anunciado por Trump será realmente duradouro.

Perguntas Frequentes

Quantos reféns israelenses foram libertados na última fase?

Foram libertados 20 reféns, entre eles três adolescentes, duas mulheres civis e cinco militares, completando o total de 33 israelenses prometidos no acordo de troca.

Qual é a duração de cada fase do cessar‑fogo?

Cada fase tem 42 dias – exatamente seis semanas – e o acordo prevê três dessas fases sucessivas, totalizando 126 dias de trégua.

Quais líderes assinaram o plano de paz em Sharm el‑Sheikh?

Assinaram Donald Trump, Abdel Fattah el‑Sisi, Recep Tayyip Erdogan e Tamim bin Hamad Al Thani, representando EUA, Egito, Turquia e Catar, respectivamente.

O que ainda impede a paz duradoura entre Israel e Hamas?

Principais entraves são o desarmamento do Hamas, a questão dos territórios ocupados e a necessidade de financiamento para a reconstrução de Gaza, além de garantias de segurança que ainda não foram definidas.

Quando será a próxima reunião internacional sobre o conflito?

A próxima cúpula está agendada para 27 de novembro de 2025, em Riad, na Arábia Saudita, com foco em desarmamento e monitoramento conjunto.

1 Comentários

elias mello
outubro 14, 2025 elias mello

E aí, galera, que sensação ler sobre o “céu está calmo” enquanto tantos choram de alívio 😅. É como se uma longa noite de tormenta finalmente deu lugar ao amanhecer. Mas não podemos fechar os olhos pro fato de que décadas de dor ainda ecoam nas ruas de Gaza e Tel Aviv. A esperança tem que ser sustentada por ações concretas, não só por discursos pomposos. Vamos lembrar que cada vida libertada carrega também uma história de sofrimento que merece ser escutada. 🌍

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